O que é auditoria e para que ela serve?

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Transparência, confiabilidade e consistência. Da forma como percebemos, esses são os objetivos centrais que devem orientar as condutas de contabilidade de uma empresa. No entanto, para que esses aspectos sejam observados, é importante avaliar práticas, números e resultados.

Sendo assim, aproveitamos o momento para elaborar este post, explicando o que é auditoria. Caso não saiba, esse é um procedimento fundamental para o crescimento da sua empresa e para a supervisão fiscal e ética das suas rotinas contábeis. Então, vamos ao conteúdo!

O que é auditoria e como funciona?

Em essência, a auditoria é uma prática gerencial de responsabilidade administrativa e, portanto, uma ferramenta de compliance. O ato de auditar implica o escrutínio de todas as rotinas e relatórios contábeis.

Essa análise é promovida por uma equipe, interna ou externa, que se dedica a examinar documentos, registros, notas, demonstrativos, balanços e tudo mais que esteja sujeito a uma avaliação detalhada sobre sua veracidade e precisão contábil.

No fim das contas, o objetivo desse processo é ampliar a transparência da empresa, garantindo que os seus resultados sejam verídicos e coerentes com a realidade do negócio, sem ocultações, distorções ou qualquer outro artifício que manipule a realidade operacional da atividade.

Diferentemente do que muitos possam pensar, a auditoria pode ser realizada em empresas de todos os portes, ainda que seja uma ação mais comum nas grandes corporações, que,   em alguns casos, negociam ações na bolsa de valores e a auditoria se torna obrigatória.

Em todos os casos, o propósito de uma auditoria é certificar a segurança contábil do exercício de uma determinada empresa, em que os auditores atestam a confiabilidade dos registros, a veracidade dos números, a eficiência dos processos e a moralidade na condução das práticas contábeis.

Mas, logicamente, para que uma auditoria faça observações honestas sobre as atividades de um negócio, é importante que exista colaboração por parte da empresa, que deve, voluntariamente, ceder todos os dados e documentos exigidos durante a inspeção.

Com isso, os auditores realizam uma análise profunda do quadro da empresa, gerando insights importantes sobre as áreas administrativa, econômica, ética, financeira, fiscal, patrimonial, social e técnica.

Por esse motivo, a auditoria pode ser mais do que um evento compulsório, requisitado pela banca de investidores, mas também um ato voluntário, em que a própria organização contrata esse serviço para encontrar vulnerabilidades ocultas em sua operação, funcionando, portanto, como uma consultoria capaz de minimizar os riscos da empresa.

Quais as diferenças entre auditoria interna e externa?

Como pontuamos anteriormente, a análise da auditoria pode servir a diferentes propósitos, ainda que seguindo os mesmos procedimentos. E é justamente aqui que se cria uma divisão entre dois tipos de auditoria, a interna e a externa. Então, entenda agora como funciona cada uma delas!

Auditoria interna

Como o nome sugere, esse é o processo de se autoauditar, ou seja, os contadores da própria empresa é que realizam a inspeção das rotinas. O objetivo dessa prática é promover uma avaliação interna, identificando erros, vulnerabilidades, desvios, desperdícios e ineficiência na contabilidade da empresa.

A auditoria interna foca nos controles que a empresa possui ou necessita criar ou aprimorar para evitar falhas que possam causar danos financeiros. O foco é minimizar riscos para a empresa.

No entanto, a proximidade existente entre auditor e objeto de análise necessita alguns cuidados. Por exemplo, não é recomendado que o auditor esteja subordinado aos profissionais responsáveis pelos trabalhos que ele auditará.

Isso não apenas implicaria um conflito de interesses, como também poderia criar um estímulo à negligência. Por essas razões, é interessante que o contador interno responsável esteja em uma posição de independência, sem que o seu trabalho posterior à auditoria sofra retaliações.

Auditoria externa

Já a auditoria externa pega uma rota completamente diferente. Ainda que o objetivo aqui também seja o de examinar a eficiência, qualidade e saúde das rotinas contábeis, o examinador é um elemento estranho à empresa-alvo, o que acaba promovendo mais confiabilidade nas análises.

Para isso, as empresas contratam profissionais ou escritórios especializados nesse tipo de consultoria. O objetivo para isso pode acontecer por uma gama de motivos, sejam internos, como o interesse em certificar a confiabilidade dos próprios relatórios, sejam externos, quando investidores solicitam essa avaliação de um órgão externo e imparcial na inspeção dos demonstrativos contábeis.

Quais são as vantagens da auditoria?

Já, aqui, vale a pena destacar os principais benefícios dessa prática sobre a operação da sua empresa. Veja!

Dificulta os desvios

A começar pela vantagem mais imediata de todas — a criação de um empecilho adicional no desvio patrimonial de recursos, ativos e passivos da empresa. Com a supervisão de auditores éticos e especializados, a movimentação indevida de bens se torna remota.

Otimiza o controle

Já em um segundo momento, destacamos uma das ações mais importantes da auditoria, que é fiscalizar a eficiência dos controles internos. Nesse sentido, auditores contribuem de maneira consultiva na correção de estratégias ineficientes ou moralmente duvidosas na condução contábil da empresa.

Estimula boas práticas

Com a manutenção constante de um ambiente de transparência, os colaboradores são incentivados a tomarem as melhores atitudes éticas e administrativas, qualificando a governança da empresa, reduzindo equívocos, evitando desperdícios e coibindo transgressões. Como dissemos desde o início, a auditoria é uma ferramenta fundamental para empresas em busca da conformidade fiscal.

Como otimizar a auditoria das suas demonstrações contábeis?

Para encerrar, também devemos lembrar os principais erros a serem evitados na condução das auditorias. Da forma como percebemos, os equívocos mais prejudiciais no acompanhamento desse processo são a negligência, a interferência e a centralização.

Negligência

A negligência é manifestada pelo ato de ignorar a importância dessa prática para a saúde corporativa da própria empresa. Quando uma gestão faz isso, não acompanhando a auditoria de perto ou fazendo pouco caso de seus resultados, ela demonstra ativamente um sintoma de não comprometimento com os rumos da organização.

Interferência

Já a interferência é uma ação contrária e, eventualmente, criminosa, configurada pela tentativa de obstrução ou distorção dos processos de auditoria. Esse é um erro muito mais profundo, pois denota a existência de algo indevido a ser encontrado no exame das contas. Nesse sentido, é importante que os auditores tenham espaço para trabalhar, além da plena colaboração dos gestores e profissionais no fornecimento de documentos e relatórios exigidos.

Centralização

Por último, mas também importante, há a falha de centralizar, caracterizada pela vontade da gestão de conduzir uma auditoria em todos os departamentos da empresa, sem contar com um quadro de colaboradores aptos para isso, tanto em número como em especialidade.

Assim, após esses apontamentos, é possível notar a importância de saber o que é auditoria, a fim de aplicá-la de forma correta e manter a saúde corporativa em dia.

Por isso, convidamos você a continuar aprendendo sobre o que é auditoria, conferindo agora como esse processo contribui na análise das suas demonstrações contábeis!

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