A NR-1 (Norma Regulamentadora nº 1) foi atualizada pelo governo federal, por meio do Ministério do Trabalho e Emprego. O texto estabelece as diretrizes gerais de saúde e segurança no trabalho no Brasil, com o objetivo de prevenir acidentes e doenças ocupacionais, garantindo ambientes de trabalho seguros e saudáveis.
Uma das principais mudanças é que, ao elaborar o PGR (Programa de Gerenciamento de Riscos), as empresas deverão incluir não apenas os riscos tradicionais, como acidentes, agentes físicos, químicos, biológicos e fatores ergonômicos, mas também uma avaliação abrangente dos aspectos psicossociais que possam afetar a saúde mental dos colaboradores – saiba mais aqui.
As novidades começam a valer em maio de 2026 – inicialmente, o prazo seria maio deste ano, mas uma portaria do governo adiou a vigência das novas regras para o próximo ano, dando às empresas a oportunidade de se adequarem.
Por que a norma foi atualizada?
A mudança é uma resposta aos índices preocupantes levantados nos últimos anos. Os afastamentos do trabalho por ansiedade e depressão triplicaram em 10 anos no Brasil. Foram mais de 307 mil em 2024, segundo o Ministério da Previdência. Em 2015, foram 90 mil. Junto com outras doenças mentais, o número total de afastamentos chegou a 440 mil no ano passado.
Ainda de acordo com o Ministério da Previdência, os benefícios por incapacidade concedidos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) devido a transtornos mentais e comportamentais cresceram 38% entre 2022 e 2023.
Como a atualização da NR-1 afeta a sua empresa
A atualização da NR-1 redefine a abordagem corporativa em relação à saúde mental, transformando-a em um pilar da cultura organizacional das empresas. Ou seja, lideranças e gestores passam a ser corresponsáveis pelo bem-estar psicossocial das equipes, indo além das atribuições tradicionais do RH.
Riscos como assédio, cobranças excessivas e jornadas prolongadas devem ser tratados com a mesma seriedade que riscos físicos ou acidentes. A produtividade e a sustentabilidade do negócio estão diretamente ligadas a um ambiente psicologicamente seguro, exigindo mudanças estruturais nas políticas internas.
Para se adaptar às novas exigências da NR-1, seu negócio precisa adotar uma abordagem estruturada. A seguir, listamos alguns passos a serem seguidos.
- Diagnóstico completo dos riscos:
Será necessário realizar um diagnóstico completo dos riscos psicossociais presentes no ambiente de trabalho. Isso significa que as empresas terão que identificar os fatores de perigo, como jornadas excessivas, relações interpessoais conflituosas e pressão por resultados desproporcionais. O mapeamento deverá ser incorporado ao Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), tratando essas questões com a mesma importância dos riscos tradicionais.
- Plano de ação:
Com base no diagnóstico completo dos riscos, a empresa deverá desenvolver um plano de ação concreto que inclua a implementação de medidas preventivas e corretivas. Isso envolve a criação de programas de apoio psicológico, a revisão de políticas organizacionais para torná-las mais humanizadas e a realização de campanhas regulares de conscientização sobre saúde mental. É fundamental estabelecer controles efetivos sobre a jornada de trabalho e mecanismos que permitam o equilíbrio entre produtividade e bem-estar.
- Cultura organizacional acolhedora:
As ações práticas devem ser complementadas por uma transformação cultural, em que líderes e gestores assumam um papel ativo na promoção de um ambiente psicologicamente seguro. Portanto, será necessário adotar medidas como capacitação de supervisores para identificar sinais de estresse e burnout, criação de canais seguros para denúncias e feedbacks, e a implementação de programas de reconhecimento que valorizem não apenas resultados, mas também comportamentos saudáveis.
A participação dos colaboradores em todo processo é crucial, garantindo que as soluções desenvolvidas reflitam suas necessidades reais.
- Monitoramento e atualização:
O processo de adaptação requer monitoramento contínuo, com revisões periódicas do PGR ou sempre que ocorram mudanças significativas nas condições de trabalho. Essa abordagem sistemática permite que a empresa não apenas cumpra a norma, mas de fato transforme a saúde mental em um pilar estratégico da cultura organizacional, alinhando produtividade com qualidade de vida.
Logo, empresas que se preparam agora largam na frente das concorrentes, tanto na conformidade legal quanto na produtividade e reputação.
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Resumo: A terceirização de atividades de backoffice traz diversas vantagens competitivas para empresas que desejam otimizar seus recursos e aumentar sua eficiência.