Open banking: o que esperar da implementação desse sistema no Brasil?

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Inovação, tecnologia, facilidade e, principalmente, praticidade. Se tudo isso está na sua mira, a notícia boa tem a ver com a sua relação com o sistema financeiro do nosso país, mais precisamente a malha bancária: o open banking no Brasil. Já ouviu falar a respeito ou, ao menos, tem alguma noção do que isso quer dizer? Sim, é um assunto novo que vem com força.

Em tradução livre, o open banking quer dizer “banco aberto” que, de forma mais direta, significa deixar o cliente livre para fazer e administrar suas informações bancárias do jeito que se sentir mais confortável. É algo que já ganhou espaço no Reino Unido e vem sendo seguido de perto por outros países que abraçam, de fato, as novas tecnologias e suas aplicações.

Por aqui, estamos dando os primeiros passos. Por isso, a IRKO está a par de mudanças e inovações no mercado e quer ajudá-lo a entender sobre o open banking no Brasil. Confira!

O que é open banking e como funciona?

Para começar, o que faz o open banking funcionar como deve ser é permitir que o mercado financeiro adote a tecnologia de forma mais padronizada, ou seja, oferecendo uma comunicação mais fácil e simplificada para a portabilidade de dados. Em outras palavras, isso significa menos burocracia quando você quiser trocar de banco ou pedir novos serviços.

Indo além, temos um exemplo clássico: imagina você, que tem uma conta bancária de mais de 20 anos, onde já fez empréstimos, realizou inúmeros pagamentos, recebeu seu salário, investiu, poupou etc. Pois bem, se pretender trocar de banco, já sabe que vai precisar comprovar toda uma vida de movimentações e rendimentos. Cansativo? Muito.

Mas, com o open banking isso ganhará contornos bem diferentes — e modernos —, já que você pode pegar todas essas informações e levar para onde quiser, como a nova instituição que pretende abrir uma conta. Assim, não terá mais aquele trabalho de explicar, mostrar, aguardar que o banco anterior libere suas informações, tudo estará lá para você.

Agora, para que tudo isso aconteça na prática, o open banking no Brasil e no mundo precisa contar com uma base de APIs. E esse é outro conceito que precisa ser bem entendido.

API (Application Programming Interface)

A interface de programação de aplicativos (API) é quem faz toda a engrenagem do open banking funcionar. Isso quer dizer, por exemplo, que ela faz parte de um sistema que permite que uma interface fale com vários sistemas, de forma rápida, segura e inteligente.

Pense assim: quando você entra em um site, o navegador do computador ou celular mostra as informações graças a uma “conversa” que ele tem com o API do servidor que a página em questão está hospedada. Hoje, muitas empresas usam essa ferramenta para facilitar e popularizar o seu uso, como o Google com o Maps.

Outro ótimo exemplo são as redes sociais, que permitem outros sites ou outras redes de usarem as mesmas informações sem você ter que fazer login ou um novo cadastro. Já reparou? Isso tudo por conta dos APIs. Voltando para o open banking, funciona da mesma forma, ele propõe que todo o mercado financeiro adote essa prática e tenha APIs abertas.

Quais são os desafios do open banking no Brasil?

Para começar, o nosso país ainda está ainda fazendo a regularização e aplicação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que entra em vigor a partir de 2020. E, é com ela em ação que teremos mais segurança quando falamos em uso de dados e informações pessoais, ainda mais quando falamos em questões financeiras, cartões, contas bancárias.

Depois, há ainda os desafios e oportunidades na prestação de serviços contábeis, ou seja, para que as instituições bancárias estejam preparadas para toda essa modernização e disponibilização de dados, há também esse trabalho nos bastidores, para que tudo esteja organizado e sob controle.

E, em meio a estes desafios do open banking no Brasil, ainda temos um dos maiores: abraçar as novas tecnologias e, de fato, passar a investir em soluções práticas e modernas como essa. Não podemos esquecer que as instituições financeiras terão que se adaptar a todo um modelo novo e, querendo ou não, isso envolve custos e uma competitividade muito maior.

O que esperar do open banking no Brasil?

Apesar de todos esses passos que ainda precisam ser dados, a notícia é que o Banco Central já iniciou o processo de implementação do open banking no Brasil. Tudo ainda está em fase inicial, com o BC definindo a regulamentação dessa prática, que deve ser anunciada em meados de 2020.

Depois de ter essa definição certa, o próximo passo do BC é atuar em conjunto com o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e também com a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), para definirem juntos uma série de regras que ajudem a colocar para rodar a liberação de dados para os usuários.

O bom é que já existem modelos similares hoje no Brasil, não 100% completos em termos de open banking, pois não funcionam com transações financeiras totalmente abertas.

É o caso do Banco do Brasil que permite às Pequenas e Médias Empresas (PME) do banco em integrar informações bancárias, do tipo saldo de conta, faturas etc., à plataforma que faz a gestão da empresa de software.

Outra instituição é o Nubank, a maior fintech do país, que mostrou claramente um enorme interesse em que isso vire realidade no Brasil. Vale lembrar que o Nubank atua no ambiente digital e é considerada uma empresa que vem colocando os brasileiros em meio a modernização bancária que vem ocorrendo no restante do mundo.

E, então, o que você achou do open banking no Brasil? Veja que é uma questão de tempo até termos essas facilidades transformadas em realidade e, assim, você ter mais autonomia em escolher seu banco, serviços que deseja e precisa, além de ir abrindo aos poucos a ideia de que se são seus dados, é de sua inteira responsabilidade escolher como e quando usá-los.

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