Inovação, criatividade e uma boa dose de tecnologia. Da forma como percebemos, esses são os elementos centrais em um modelo de negócio disruptivo. Afinal de contas, gerenciar operações com essa abordagem tende a exigir maior flexibilidade do profissional em comando.
Para que empresas possam se destacar no mercado, sobressaindo frente a sua concorrência, a operação precisa ir além. Entregando soluções, serviços e produtos que atendam os novos comportamentos do público-alvo.
Por isso, decidimos elaborar este conteúdo especial sobre o tema. O nosso objetivo é explicar esse conceito em todos os seus detalhes, demonstrando como esses modelos já transformaram mercados por todo o mundo. Portanto, nos acompanhe nesta jornada e veja como implementar essas ideias na sua gestão!
O conceito de um modelo de negócio disruptivo
A começar pela palavra do momento: disrupção! A ideia em si é relativamente nova. No entanto, o que vale notar é como ela ganhou os holofotes da discussão pública. Observando o mercado, percebemos que o conceito da disrupção surfou na gigantesca onda provocada pela transformação digital nas empresas.
Ou seja, a partir do emprego de tecnologia aplicada em nossas vidas, novas soluções foram aparecendo no mercado, resolvendo dilemas tradicionais por meio de implementações digitais. Quer um exemplo disso? Então, pense nos aplicativos — e em tudo que já pode fazer por meio deles.
Por isso, entendemos que os modelos disruptivos sempre nascem de uma fusão equilibrada entre tecnologia, criatividade e dilema. O rádio já não diverte o bastante? A televisão sim. As ligações são invasivas? Os SMS não. As cartas são lentas? Os e-mails não!
Enfim, nós poderíamos listar uma infinidade de exemplos em que a invenção foi utilizada para aprimorar alguma solução já existente. No entanto, a era digital trouxe isso à tona como nunca antes, sobretudo pela democratização da tecnologia e de quem a desenvolve.
Afinal de contas, hoje, é muito mais fácil que um adolescente de 12 anos se interesse por programação do que 30 anos atrás. Na realidade, nem precisamos ir muito longe, 15 anos atrás, que seja! Inclusive, a ferramenta mais disruptiva já inventada é essa que estamos utilizando agora mesmo: a internet — essa conexão virtual de pessoas em um universo colaborativo de informação.
Ainda hoje, a internet segue sendo o fio condutor que viabiliza as grandes ideias, seja com a revolução do e-commerce na década de 1990, com a explosão dos aplicativos a partir das primeiras app stores e até o presente momento, com a conversão de negócios tradicionais em operações disruptivas.
5 áreas que foram impactadas pela disrupção
Obviamente, não somente o nosso cotidiano se transformou em modelos de negócio disruptivos. Empresas conseguiram absorver as tendências do mercado e se adaptar aos novos padrões.
Mas não apenas no intuito de atender seus consumidores, mas conseguir ser mais eficiente, com menos consumo e mais resultados. Quer alguns exemplos disso na prática? Pois bem, separamos 5 setores que foram super impactados por esses novos modelos de negócio. Veja!
Mobilidade
O táxi está para os aplicativos de mobilidade urbana da mesma forma que os LPs estão para as músicas em plataformas digitais: obsoletos e nostálgicos. Os famosos apps de carona viraram o setor de ponta a cabeça, desburocratizando processos, reduzindo custos para o passageiro e remunerando motoristas autônomos.
Hotelaria
Da mesma maneira que os táxis tomaram um duro golpe com a chegada das inovações, os hotéis e pousadas também precisaram se adaptar aos novos tempos. Afinal, os principais apps do mercado levantam a bandeira da famosa economia compartilhada, estimulando proprietários a anunciarem seus imóveis ociosos para locações temporárias.
Além de conseguirem tornar o processo de encontrar a sua hospedagem muito mais rápido, garante que os hóspedes possam estar em locais a um custo menor e sem tantas exigências, como até então, os hotéis e pousadas.
Software
Aqui, temos um caso bem mais curioso. Como todos sabemos, o desenvolvimento de ferramentas digitais e jogos eletrônicos está mais vivo do que nunca. Na realidade, o que muitos desenvolvedores adotaram foi um plano de negócios diferente. Sabe como? Esquece essa história de pagar pela licença do software.
Em alguns casos, a aplicação é gratuita para o uso, e o desenvolvedor é remunerado com a exibição de anúncios na interface da ferramenta.
Ainda podemos destacar as soluções que são apresentadas em nuvem. O que isso significa? Que os usuários conseguem acessar determinadas ferramentas em qualquer lugar, sem estar preso aos computadores. Além disso, os softwares em nuvem não consomem tanta memória como aqueles instalados no próprio dispositivo. E não estamos nem falando de moedas digitais ou de mundo virtual que tenta replicar a realidade através de dispositivos digitais.
Audiovisual
Ainda que o cinema sobreviva à sua maneira, não podemos ignorar o fenômeno estrondoso das grandes plataformas de streaming. Afinal, a popularização desse sistema de assinaturas e mídia on demand foi determinante para eliminar as videolocadoras do mapa.
Há algum tempo, inovador era conseguir assistir filmes através da fita VHS que eram alugadas em locadoras. Depois de um tempo, chegaram a opção de assistir em DVD. Mais tecnologia, melhor qualidade, algo inovador, certo? Até a chegada dos serviços de streaming, que permite assistir em qualquer lugar e a qualquer momento, basta ter os aplicativos.
Vale notar que o mesmo efeito parece acometer as assinaturas de TV a cabo. Para que você tenha uma ideia desse impacto, segundo comunicados oficiais da Anatel, o Brasil contava com cerca de 19,81 milhões de assinantes em julho de 2014. Já na nota institucional de outubro de 2019, esse número havia despencado para pouco mais de 16 milhões de contratos.
Telefonia
Agora, destaco um exemplo um pouco mais amplo, mas que também merece a sua atenção. Pois então, eu ainda lembro na época em que um bom pacote de minutos e mensagens fazia toda a diferença no meu dia a dia. Hoje, o foco são os dados, mais precisamente, a banda disponível para se conectar e… usar os aplicativos!
Música
É claro que não poderíamos falar de modelos de negócio disruptivos sem falar da indústria de entretenimento. Assim como os filmes, as músicas são as que mais acompanham as mudanças tecnológicas.
Acompanhando o streaming, também podemos falar de músicas. Esse, sem sombra de dúvidas, é o que mais passa por transformações ao longo do tempo. Começamos com disco de vinil, ao final da década de 40. Após isso vieram as fitas e, na sequência, os CD’s.
Até que com a chegada dos computadores e internet, tudo poderia ser acessado por meio de download dos arquivos musicais. E ainda pode ser utilizado com suporte de aparelhos MP3 ou MP4.
Entretanto, a tecnologia do streaming veio até as músicas. Serviços como Spotify, Deezer e Apple Music oferecem uma infinita biblioteca, com diferentes estilos e artistas em um simples toque. E o consumidor agora paga para ter acesso ao serviço e não somente a uma música ou discografia.
Bancos
Outra grande mudança que podemos destacar e uma das que mais impactaram a economia como um todo é a entrada dos bancos digitais, bem como os serviços que vieram logo após.
Bancos digitais, sem a necessidade de um local físico para que os clientes conseguissem realizar suas necessidades foram substituídos por um toque no smartphone. Empresas como Nubank e Inter vieram para revolucionar esse mercado.
Assim como eles, o pagamento por QR Code e PIX transformaram as transações, exigindo cada vez menos as cédulas. Mas não para por aí, elas aceleram processos de transferência entre contas sem nenhum custo, assim como facilitar pagamentos de contas e boletos.
Mercado Imobiliário
Um dos mercados mais tradicionais também encontrou um desafio com a entrada de compra e aluguel de imóveis sem a burocracia do processo físico. Startups nesse seguimento rapidamente se popularizaram por facilitar a vida de proprietários, locadores e compradores.
Modelo disruptivo para implementar na sua empresa
Pensando um pouco sobre o mercado, pós pandemia principalmente, acho que vale terminar nossa reflexão falando do Marketplace.
Digamos que você gerencia uma loja regional e que, apesar da boa atuação local, não consegue emplacar na internet, já que as gigantes do varejo dominam o e-commerce. Nesse sentido, você pode se aliar às grandes marcas, adotando a estratégia dos marketplaces. Em essência, os seus produtos serão expostos e vendidos nos sites de grandes varejistas, a um pequeno custo de comissão.
Para além desses, ainda existem outros modelos interessantes e já citados anteriormente, como o consumo de mídia on demand, o acesso sobre propriedade na economia compartilhada das hospedagens e por aí adiante. No fim das contas, o que é importa é conduzir uma sólida experiência de design thinking na sua empresa, identificando pontos altos e baixos do que pode ser aprimorado por meio dessas abordagens.
Espero que tenha gostado deste conteúdo explicando o que é um modelo de negócio disruptivo. Por isso, agora, o meu convite é para que você espalhe o tema entre os seus colegas, compartilhando este artigo nas suas redes sociais!